São Paulo, segunda-feira, 29 de agosto de 1994 |
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Distribuidoras sentem aumento
DA REPORTAGEM LOCAL As grandes distribuidoras de combustíveis já estão sentindo aumento nas vendas de gasolina, álcool e diesel por causa do real.Para Wellington Sandim, diretor de marketing da Ipiranga, "neste mês de agosto, houve uma reação nas vendas que não era esperada". A empresa vendeu 95 milhões de litros de gasolina em agosto, quando esperava vender 90 milhões, seguindo o ritmo dos meses anteriores. Segundo Odair Martini, diretor de marketing da Shell, a empresa também está sentindo uma tendência de aumento para os próximos meses. Para Martini, a principal causa deste aumento é a melhora do poder aquisitivo. "Eles passam a poder comprar automóveis, ainda que usados, e também usam o carro durante a semana". Sandim acredita que o aumento do consumo de combustível se deu desde o mês de julho, o primeiro com a nova moeda. Para ele, as vendas da distribuidora não aumentaram naquele mês porque todos ainda tinham estoques para utilizar. Segundo Sandim, os postos de gasolina mantinham grandes estoques para se defender da inflação. Mas isso não era exclusividade deles. Os motoristas também procuravam encher sempre o tanque para se prevenir de um novo aumento. "Houve ajuste de ponta a ponta, pois não compensa mais investir em estoque", afirma. Plano Cruzado Na época do Plano Cruzado, editado em março de 86, durante o governo Sarney, o trânsito também piorou em São Paulo, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Naquele tempo, com o congelamento dos preços, o consumo de gasolina e álcool aumentou em 500% em relação ao ano anterior. Em junho de 86 a Petrobrás já estava importando 110.000 barris diários de petróleo a mais do que antes do plano, para abastecer o mercado nacional. Texto Anterior: Trânsito piora na cidade em agosto Próximo Texto: Acidentes deixam dez feridos e quatro mortos Índice |
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