São Paulo, segunda-feira, 29 de agosto de 1994
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Fornecedores têm 40% de ociosidade

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

A indústria de componentes elétricos e eletrônicos está operando com ociosidade de 35% a 40%.
"Mas só vamos aumentar a produção quando tivermos certeza de que a demanda estiver firme", diz Roberto Kaminitz, diretor da área de componentes da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica).
Segundo ele, a indústria de áudio e vídeo aumentou entre 10% e 12% as compras de componentes este mês.
"Estamos conseguindo atender esta demanda. Há alguma falta de cinescópio (tubo de imagem da televisão)."
Ele diz: "O fato é que não somos fábricas de fazer pãozinho. Por isso não podemos produzir mais de uma hora para outra."
Kaminitz diz que a indústria de componentes não quer cometer erros do passado: contratar empregados, produzir mais e depois enfrentar queda abrupta nas vendas.
"O ministro da Fazenda, Rubens Ricupero, não tem duplicata para pagar no final do mês. Por isso ele pede mais produção. Nós faremos isso se a indústria eletroeletrônica programar as compras."
Ele lembra que as fábricas de componentes dependem de matérias-primas e que alguns fornecedores de insumos estão atrasando as entregas.
Segundo ele, há pressão de custos em alguns insumos. Os preços de algumas das matérias-primas para fazer componentes subiram entre 10% e 12%, diz.
"Mas até agora não repassamos para os nossos preços." Ele conta que de 1990 até agora o número de empresas do setor de componentes caiu pela metade –de 400 para 200.
(FF)

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