São Paulo, terça-feira, 30 de agosto de 1994 |
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Familiar protesta contra violência
LUIZ CARLOS DUARTE
A polícia ainda espera o depoimento de Carolina para fazer hoje o retrato-falado dos três assaltantes. Ainda assim, a descrição feita por Tommaso coincide com o relato do comerciante Henrique Franklin da Silva Neto, 20. Ele também foi rendido domingo à noite e mantido como refém, até ser obrigado a sacar dinheiro em um caixa eletrônico. Foi deixado perto do estádio do Morumbi. O trio usou seu Monza para roubar a BMW de Tommaso. "Alemão" vestia calça preta, blusa branca e tênis Nike. Outro companheiro vestia blusa moleton cinza e jeans. Aparentava 19 anos e cerca de 1m70 de altura. Já o terceiro integrante do grupo parecia ter idade de 17 a 18 anos. Vestia jeans. Segundo o delegado Ernesto Massa Gasparette, 54, os assaltantes mantêm reféns em roubos de carro para que a vítima possa eventualmente desbloquear qualquer dispositivo antifurto do veículo. Durante o velório, no cemitério do Morumbi, o advogado Raul Prata, 42, cunhado da vítima, se manifestou e criticou a falta de segurança no Estado. "Estamos ficando prisioneiros dos marginais. Os direitos humanos têm que ficar com a gente agora. Se não dermos um basta, São Paulo vai ficar igual ao Rio", afirmou. A editora Maltese era dirigida pelos irmãos Cláudio e Henrique Maltese. Com 30 anos de existência, a editora é de porte médio, com 80 funcionários e 600 títulos lançados. Suas publicações diversificam-se em literatura infantil, negócios e auto-ajuda. Nos últimos anos, a editora também lançou títulos de autores nacionais como Paloma Amado, Joyce Cavalcante e Plínio Marcos. Texto Anterior: COMO O EDITOR FOI ASSASSINADO Próximo Texto: Americas Watch divulga ameaças contra promotores da Justiça Militar Índice |
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