São Paulo, terça-feira, 30 de agosto de 1994
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Fracassa tentativa de acordo entre ministros

SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os ministérios da Saúde, Planejamento e Fazenda não conseguiram chegar ontem a acordo sobre o repasse de verbas para a saúde.
Henrique Santillo (Saúde) e Beni Veras (Planejamento) têm de apresentar hoje ao presidente Itamar Franco sugestões para cortar gastos do setor de saúde. Neste encontro, Santillo tentará convencer Itamar a elevar a verba.
Santillo pressiona a área econômica para obter recursos mensais de cerca de R$ 650 milhões para sua pasta. Desses, R$ 500 milhões são considerados indispensáveis.
Na equipe econômica, porém, há resistências. O argumento é que o Tesouro só dispõe de R$ 800 milhões mensais para custear toda a máquina administrativa.
Santillo disse que os gastos com outros programas do Ministério da Saúde exigem repasse de mais R$ 120 milhões mensais.
Mesmo sem garantia de verbas, Santillo evitou críticas à equipe econômica. Disse que pretendia compatibilizar "as necessidades com a viabilidade orçamentárias".
O ministro já usou palavras mais duras para se referir ao impasse sobre as verbas da saúde. A maioria das críticas foi endereçada ao ministro Beni Veras.
Ontem, às 17h30, a Federação dos Hospitais ainda discutia com o secretário do Tesouro, Murilo Portugal, a quitação da dívida de julho do SUS (Sistema Único de Saúde) com os hospitais conveniados.

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