São Paulo, quarta-feira, 31 de agosto de 1994
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Defenda-se contra ação dos vírus

RODOLFO LUCENA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os vírus são ameaças constantes para os usuários de micros. Atacam sem avisar e podem destruir dados, apagar arquivos ou provocar problemas mais graves.
"Se um vírus paralisa um computador que controla, por exemplo, equipamentos médicos que monitoram um paciente, pode até provocar a morte do doente", diz André Pitkowski, diretor-técnico da Compusul, que comercializa o programa antivírus "VirusScan".
O vírus é um programa residente em memória que, após sua execução, consegue gerar uma cópia de si mesmo sem ação do usuário do computador infectado.
O vírus contamina o computador chegando em disquete, junto com outro programa, ou por porta de comunicação (transmitido em uma rede de computadores).
Segundo Pitkowski, 69% das infecções acontecem via disquete.
Uma vez tendo entrado na memória, o vírus começa a se reproduzir e a infectar o sistema.
A terceira fase, depois da infecção e da disseminação, é o ataque, que é acionado por algum tipo de evento –uma data, por exemplo.
Aí, o vírus pára de se reproduzir e faz a ação programada por seu criador. Destrói arquivos ou provoca uma operação anormal do equipamento, apavorando o usuário, que pode então cometer algum erro maléfico.
O "Joshi", por exemplo, ataca no dia 5 de janeiro. Quando o micro é ligado, aparece na tela a seguinte mensagem: "Type Happy Birthday Joshi".
Se o usuário não se assustar e cometer algum erro, mas simplesmente digitar a mensagem solicitada, o sistema volta a funcionar quase normalmente.
O micro passa a apresentar problemas quando o usuário tenta trabalhar com programas protegidos contra cópias.
O "Jerusalem" é uma das variantes do "'Sexta-feira 13". Apaga os arquivos que o usuário tentar executar naquela data.
A prevenção é a melhor defesa. Cheque sempre a procedência do disquete que você vai colocar em sua máquina.
Com a queda do preço dos programas, o uso de cópia pirata não compensa o risco de uma infecção e a falta de suporte, segundo as empresas consultadas pela Folha.
Outra medida é utilizar programas antivírus (leia texto ao lado). Eles conseguem identificar e combater os vírus.
Há programas que até mesmo previnem a infecção, impedindo que você instale um software contaminado.
Em caso de dúvida, consulte seu fornecedor. Empresas como IBM, Compaq, Novell, Magnasoft e Symantec mantêm serviço de suporte por BBS –o Mandic é um deles. O telefone é (011) 816-3911 (acesso via modem).

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