São Paulo, quinta-feira, 1 de setembro de 1994
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Vasco joga mal, vence e torcedores pedem Bebeto

MARCELO MIGLIACCIO
DA SUCURSAL DO RIO

O Vasco venceu por 1 a 0, mas conseguiu jogar pior que o Cruzeiro na partida disputada ontem à tarde em São Januário (São Cristóvão, zona norte do Rio).
No primeiro tempo, o Vasco não teve criatividade e limitou-se a centrar bolas na área. O goleiro Dida, com 1,95 m de altura, defendia os cruzamentos sem dificuldades.
A torcida vascaína começou a vaiar seu time já aos 34min de jogo. Mas o Cruzeiro parecia satisfeito com o empate e não aproveitou a apatia do adversário.
No segundo tempo, o Vasco adiantou seu meio-campo e deu ainda mais espaço para os contra-ataques do Cruzeiro.
O time não atacava e permitia ao Cruzeiro ameaçar o gol. Ricardo Rocha gritava e gesticulava em campo e Lazaroni, na lateral.
Aos 23min, pouco antes do gol, o Cruzeiro perdeu duas chances para marcar. Aos 27, numa cobrança de falta de Pimentel, Jardel cabeceou e Nonato marcou contra. Na súmula, Jardel.
Depois do gol, o time mineiro se descontrolou e perdeu Macalé e Luisinho, expulsos por reclamação. A torcida do Vasco, porém, não poupou o técnico Lazaroni ao final da partida.
Com a vitória, o Vasco soma oito pontos ganhos no Grupo C, enquanto o Cruzeiro permanece com dois pontos e sem vencer no campeonato.
Bebeto
A torcida do Vasco pediu ontem em coro que o clube tente contratar o atacante Bebeto. Mas os dirigentes alegam não ter dinheiro e Bebeto pode jogar no São Paulo.
O vice-presidente de futebol do Vasco, Eurico Miranda, irritado, disse ontem que "é difícil" trazer Bebeto.
O Flamengo, também interessado, tem mais dificuldades. O presidente Luiz Augusto Veloso jantou anteontem com Cesar Lendoiro, presidente do La Coru¤a, na Espanha, e ouviu dele que o atacante não está à venda.
Em sua casa, Bebeto afirmou ontem que o São Paulo também está interessado em seu passe e admitiu a hipótese de jogar no clube paulista.
No Flamengo, Bebeto disse que só joga se um "pool" de empresas ficar responsável por seu salário integralmente. Ele teme que o clube, endividado, não tenha como pagá-lo.

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