São Paulo, sexta-feira, 2 de setembro de 1994
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Rejeição ao PT cresce no NE

JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
EDITOR DO PAINEL

A variação de dois pontos percentuais a mais na rejeição a Lula nas últimas duas semanas aconteceu entre os eleitores mais pobres, com menos escolaridade, e na região Nordeste. No geral, foi de 36% para 38%.
Já Fernando Henrique manteve uma taxa de rejeição de 13%. Mas ela cresceu quatro pontos percentuais no Norte/Centro-Oeste e dois pontos no eleitorado com curso superior e/ou que ganha mais do que dez salários mínimos.
A comparação do perfil da rejeição de ambos favorece o tucano não só porque ele tem um índice três vezes menor.
As camadas do eleitorado em que o candidato do PSDB é mais rejeitado são as que têm o menor número de eleitores. Já o candidato do PT teve seu índice de rejeição aumentado justamente nas camadas mais numerosas do eleitorado.
A comparação dos dados das pesquisas dá margem a duas hipóteses. O esforço empreendido pelo PT em seu programa de TV, apelando para a emoção, para aparar arestas negativas na imagem de Lula ainda não parece ter surtido efeito para a maioria dos eleitores.
Já as críticas racionais aos primeiros problemas do real, como o IPC-r de 5,6%, podem dar uma pista do aumento da rejeição de FHC entre o eleitorado com curso superior.

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