São Paulo, sexta-feira, 2 de setembro de 1994![]() |
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Varig vende agência à Y&R por US$ 5 mi
NELSON BLECHER
A negociação representa mais uma etapa no programa de reestruturação em curso para reduzir despesas, que já resultou na demissão de 2.600 funcionários, venda de dez aviões e cancelamento de linhas aéreas. "Tencionamos manter a equipe", disse Antonio Fadiga, vice-presidente da Y&R, ao se referir ao quadro de 113 funcionários da Expressão, cuja receita atingiu US$ 26 milhões em 1993. "O primeiro passo será tentar manter os demais clientes", acrescentou Fadiga, que pretende fazer da Expressão a segunda rede da Y&R. As contas da Tramontina, Bic e Nadir Figueiredo somam US$ 8,5 milhões. A Varig passa a ser a conta número um no faturamento da Y&R. "A criação será feita localmente", disse o vice-presidente da agência, que também cria campanhas publicitárias para a Johnson & Johnson, Ceval e Colgate. A Y&R registrou faturamento de US$ 102,3 milhões em 1993 e, no mês passado, conquistou a área de novos projetos da cervejaria Kaiser. Concorriam à aquisição da agência Expressão outras agências multinacionais, como a Foote, Cone & Belding. A decisão pesou a favor da Y&R pela experiência acumulada e apoio estratégico de sua rede mundial. A agência mantém acordo internacional com a alemã Lufthansa. Um de seus braços, a Landor, especializada em design Landor, já desenvolveu programas de identidade corporativa para 23 companhias aéreas. Nas asas da Pluna Uma caução de seguros de US$ 4,5 milhões foi depositada anteontem, em Montevidéu, pelo consórcio internacional integrado pela Varig que assumiu o controle da empresa aérea Pluna. A Varig apresentou caução de seguros no valor de US$ 3,5 milhões e o grupo argentino Tevicom, de telecomunicações, entrou com US$ 1 milhão. A operação financeira cumpre exigência do edital de privatização da estatal Pluna, efetivada em julho. O outro sócio é o grupo uruguaio Bukuebus, que explora o transporte fluvial entre Montevidéu e Buenos Aires. O vice-presidente executivo da Varig, Joaquim Santos, disse que a empresa começa a operar as linhas da Pluna este mês, com os quatro boeings da companhia uruguaia e um DC-10 da Varig que havia sido arrendado antes do privatização. "O objetivo da Varig é ajudar a gerenciar a nova Pluna, usando nossos recursos humanos e materiais", afirmou Santos. O grupo uruguaio Bukuebus, segundo ele, já manifestou o interesse de deixar o consórcio e passou procuração à Varig para negociar sua saída. O governo uruguaio permaneceu com 49% das ações da Pluna. Os outros 51% foram divididos em partes iguais entre a Tevicom e a Bukuebus, entrando a Varig como operadora das linhas aéreas do consórcio. Colaborou a Sucursal do Rio. Texto Anterior: Governo eleva salário mínimo para R$ 70,00 Próximo Texto: Helios compra concorrente Índice |
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