São Paulo, sexta-feira, 2 de setembro de 1994
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Ágio pago no Mille ELX chega a 40%

DA REPORTAGEM LOCAL

As propostas feitas por montadoras e concessionárias para tentar eliminar o ágio do carro "popular" não foram suficientes para inibir a ação dos "boqueiros".
As vendas de Corsa, Mille, Gol 1000 e Hobby 1.0 no mercado paralelo continuam aquecidas. Em pelo menos um modelo, o Mille ELX, o valor do ágio aumentou.
Há duas semanas, o ELX quatro portas, o "popular" sofisticado da Fiat, podia ser comprado por R$ 10.500, 30% acima da tabela.
Ontem era encontrado por até R$ 11.500, um ágio de 40%. Nas concessionárias, a fila para conseguir o ELX chega a três meses.
O preço do Corsa no mercado paralelo permanece estável. Os "boqueiros" pedem no mínimo R$ 3.000 acima da tabela. Gol 1.000, Mille Electronic e Hobby têm ágio entre 20% e 25%.
TV e vídeo
Os preços médios de televisores em cores e videocassetes vendidos no comércio em agosto estavam entre 2,49% e 11,49% mais caros do que os de março, quando foi criada a URV.
Estes preços, em reais, foram coletados pela Gradiente, fabricante de produtos eletroeletrônicos, em lojas das principais capitais.
Os preços médios de agosto comparados com os de julho, no entanto, registram queda que varia de 0,44% a 2,90%.
Mônica Hage, economista da Federação do Comércio de São Paulo, diz que os preços de TVs e vídeos subiram de março para agosto por causa da Copa.
A Enxuta também fez pesquisa de preços em algumas cidades e notou que eles variam muito.
No centro de São Paulo, por exemplo, no dia 22 de agosto, o preço médio das lavadoras de roupas era 0,52% maior do que no dia 25 de julho.
No caso das secadoras de roupas, a mesma pesquisa registrou queda de 6,38% no período. "Depende dos estoques dos lojistas e das promoções", diz Júlio Duso, gerente de marketing da Enxuta.
Segundo ele, a Enxuta está operando a plena capacidade –fabrica 15 mil lavadoras por mês– para atender a demanda.
A estratégia da empresa, conta Duso, é aumentar a produção para ganhar no volume e não aumentar preços. Michel Klein, da Casas Bahia, diz, no entanto, que já sente pressões de fornecedores para aumentar preços.
Segundo ele, em agosto, os preços das indústrias subiram 3%, em média, na comparação com julho. Neste mês, conta, há pressões para aumentos da mesma ordem.

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