São Paulo, sábado, 3 de setembro de 1994
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Jornalista acusado diz provar informação

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O jornalista Ken Silverstein, que primeiro revelou a participação de James Carville na campanha do presidenciável tucano Fernando Henrique Cardoso, disse ontem que "adoraria ser processado pelo PSDB".
"Eu espero que eles me processem. Eu irei ao Brasil e provarei que é tudo verdade", disse Ken Silverstein à Folha ao tomar conhecimento das acusações de petismo feitas contra ele por tucanos.
Simpatia
Silverstein, 36, trabalhou quatro anos e meio no Brasil como correspondente da Associated Press.
Ele admite ter simpatia pelo candidato do PT à Presiência, Luiz Inácio Lula da Silva. Afirmou também desejar que ele se eleja presidente.
Ao negar que esteja a serviço do PT, Silverstein argumenta com sua reputação profissional: "Mas eu sou jornalista. Não iria colocar em risco minha carreira publicando mentiras. Não sou petista, não tenho vínculos com o PT e tudo o que escrevi é verdade".
As primeiras notícias sobre Carville e FHC saíram no boletim "Counterpunch" (contragolpe), publicado pelo Institute for Police Studies –Instituto de Estudos Políticos– (Leia reportagem nesta página).
Centro-esquerda
O IPS é um dos inúmeros centros de estudo em Washington. Sua orientação política é de centro-esquerda.
Um de seus fundadores, Ruchard Barnet, que trabalhou no governo Kennedy, foi conhecido de Fernando Henrique Cardoso.
Emissários
Segundo Silverstein, Cardoso enviou emissários do Itamaraty ao IPS, no seu período como chanceler, com o objetivo de tentar constitiuir um centro de estudos brasileiros em Washington.

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