São Paulo, domingo, 4 de setembro de 1994 |
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Como optar entre loja de rua e shopping
NELSON ROCCO
Os dois tipos de ponto têm vantagens e desvantagens (veja quadro ao lado), que devem ser avaliadas em relação ao capital disponível para o empreendimento e o perfil dos clientes. O consultor Heitor José Pereira, 40, professor da Faculdade de Economia e Administração da USP, afirma que o valor do investimento pode restringir a localização do negócio. "Somente o preço de um pequeno ponto em shopping ultrapassa US$ 100 mil, sem contar as despesas com equipamentos, instalações e estoques, e capital de giro", diz. Pereira afirma que os shoppings têm características que não são encontradas em lojas de rua: a concentração de pessoas com objetivo de comprar, infra-estrutura e serviços diversos. Lojistas apontam o fluxo de consumidores como um dos principais fatores que os levaram a abrir negócio em shopping. A Empório Paulista tem três lojas –uma na rua Cardoso de Almeida (região central) e outras duas nos shoppings West Plaza e Jardim Sul, em São Paulo. Pedro Levitch, 38, dono, afirma que as lojas de shopping vendem 60% mais. Ele diz, no entanto, que o espaço das lojas –35 m2 cada– são um item de "desconforto". Levitch diz que o aluguel da loja na rua –de 120 m2– custa um quinto da locação em shopping. Agostinho Galucchi Neto, 36, dono do Pronto Socorro de Bijouterias Gabriela, com loja no shopping Eldorado, também critica o preço do aluguel. Ele diz gastar por volta de R$ 600 com locação e condomínio. Na rua Padre Carvalho, em Pinheiros, outra loja da rede tem aluguel de R$ 64 por mês. Galucchi conta que teve que fechar a loja na rua devido à falta de segurança no local. "A loja está montada, mas fechamos a porta porque muitos de nossos clientes foram assaltados quando saíam." Além disso, os serviços no Pronto Socorro custam entre R$ 3,00 e 5,00, "valor inferior ao de uma estadia de estacionamento". Segurança é um dos fatores que levaram Heraldo Granja, 48, a operar em shopping. Dono das lojas Mr. Kitsch e Kitsch Kid's, ele conta que sua única loja na rua é assaltada até sete vezes por ano. Aldo Codorniza, 36, diretor da rede Dux Papelaria, diz que os shoppings têm demanda própria. "Se você abre loja na rua, tem que trabalhar para fazer o ponto." Hoje, excepcionalmente, não publicamos à pág. 9-2 as seções Balcão Folha-Sebrae, Anote, Assessoria, Indicadores e Roteiro de Leilões. Próximo Texto: LOJA DE RUA X LOJA DE SHOPPING Índice |
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