São Paulo, segunda-feira, 5 de setembro de 1994 |
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Advogados discutem ética e agilização da Justiça
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA E DA REPORTAGEM LOCAL A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) iniciou ontem sua 15ª Conferência Nacional, em Foz do Iguaçu (PR). Até dia 8, entre 3.000 a 4.000 advogados são esperados para debater o tema "Ética, Democracia e Justiça".Francisco Acciolly, presidente da seção Paraná da OAB e organizador do evento, afirmou que esse tema foi escolhido porque o país precisa urgentemente de uma postura mais ética. Ele disse que é fundamental que se discuta "novos sistemas democráticos" e uma maneira de tornar a Justiça "mais ágil e efetiva". "A obsolescência da Justiça é uma questão muito grave", declarou Acciolly. A abertura da 15ª Conferência da OAB, às 21h de ontem, teria participação do procurador-geral da República, Aristides Junqueira, e do presidente nacional da OAB, José Roberto Batocchio. O jurista Goffredo da Silva Telles, 79, escolhido como primeiro orador, confirmou sua ausência por motivos de saúde. Mas encaminhou à conferência um ensaio sobre a reforma da Constituição por meio de uma assembléia constituinte exclusiva. O jurista, ex-professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, afirma que a revisão fracassada deste ano "era inconstitucional". "Ela só teria razão se o plebiscito de 93 tivesse alterado a forma e o regime de governo", defende. O painel principal de discussões hoje contará com a presença do presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Luciano Mendes de Almeida. No dia 8 de setembro, no encerramento dos trabalhos, será divulgada a Carta da Independência, com as principais conclusões dos debates da conferência. Texto Anterior: Segredo do ofício Próximo Texto: No ar; Via satélite; Esperando o terremoto; Sem essa; Bola de cristal; Fazendo figa; Audiência fiel; Na prática Índice |
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