São Paulo, quarta-feira, 7 de setembro de 1994
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Computador erra e faz matrículas por engano

DANIELA PINHEIRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um erro nos computadores da UnB (Universidade de Brasília), descoberto no dia em que o plano econômico completava dois meses (1º de setembro), fez com que 74 calouros caíssem na real: haviam sido matriculados por engano nos cursos para os quais prestaram vestibular.
A notícia se espalhou pela UnB antes mesmo de a reitoria se pronunciar sobre o caso. Alguns alunos pensaram que se tratava de mais um trote dos veteranos. Estavam enganados.
A UnB confirmou anteontem a falha nos computadores. Técnicos em computação da universidade trocaram os pesos das disciplinas na contagem geral para aprovação dos alunos.
Os estudantes que por direito haviam passado foram convocados a fazer suas matrículas na semana passada. Aqueles que entraram pelo erro no computador viraram do dia para noite "alunos especiais".
Há 30 dias em aula, esses calouros já fizeram provas, compraram livros e muitos abriram mão das vagas garantidas em faculdades particulares para estudar na UnB.
Pais e alunos iniciaram ontem um movimento pró-matrícula para reintegrar os estudantes que foram matriculados por engano.
"Se não me matricularem novamente vou querer que a UnB pague os livros que comprei, a gasolina que gastei e me indenize pelo papel de palhaço que fiz", disse Leonardo de Castro, 18, calouro de Ciência Política.
O vice-reitor, Sérgio Barroso, propôs aos alunos que continuassem na universidade informalmente até o final do ano.
Assim, poderiam fazer novo vestibular. Se aprovados, receberiam os créditos das matérias cursadas. Caso contrário, deveriam ficar tentando até passar.

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