São Paulo, quinta-feira, 8 de setembro de 1994 |
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Abinee teme mais desemprego
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
Essa é a opinião de Franz Reiner, vice-presidente da Abinee e presidente do conselho da Bosch. Segundo ele, o setor já reduziu o total de empregos de 270 mil para 170 mil desde 90, em parte devido à queda nas alíquotas. Para ele, haveria redução inicial de mais 20 mil postos de trabalho com outra baixa repentina. "Importações sem imposto significam concorrência desleal à nossa indústria, que, sobre máquinas de lavar roupa, por exemplo, têm de arcar com uma carga tributária de mais de 50% sobre o preço do produto", afirmou. Para ele, a baixa na alíquota de importação deveria ser negociada. Lourival Kiçula, diretor-geral da Sanyo e porta-voz da Eletros (nova entidade da indústria eletroeletrônica), acha que as maiores consequências de uma redução das alíquotas para o setor seriam no segmento de eletroportáteis. "A exceção fica para a produção brasileira de liquidificadores, que é forte e competitiva." No segmento de eletrodomésticos, segundo Kiçula, uma alíquota de importação zero só beneficiaria a classe A, que pode comprar produtos caros e de tecnologia de ponta. "Os similares brasileiros são mais baratos do que os importados, mesmo com alíquota zero." No caso de TVs e aparelhos de som, não haveria muitos riscos, no seu entender, pois o consumidor busca produtos com garantia e assistência técnica. Para Kiçula, se o governo zerar a alíquota de importação dos eletroeletrônicos, deveria também reduzir dos componentes. "Para não ferir acerto do Mercosul, teria de durar apenas até o final de 94." Texto Anterior: Tecelagens refutam possibilidade de taxa zero Próximo Texto: Venezuela deve vender energia para o Brasil Índice |
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