São Paulo, quinta-feira, 8 de setembro de 1994
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São Paulo empata com o Vitória

DA REPORTAGEM LOCAL

O técnico Telê Santana passou a maior parte do tempo do jogo do São Paulo contra o Vitória em pé, próximo ao banco de reservas.
Sua apreensão era com a atuação do time, que empatou em 1 a 1, ontem, em Salvador (BA).
Novamente o treinador desaprovou a performance da equipe. "Houve muitos passes errados", voltou a reclamar Telê. Segundo o Datafolha, foram 80.
O problema principal estava no meio-campo. Ainda exibindo falta de ritmo, o volante Alemão acumulou uma série de erros: má colocação e passes errados.
Com o zagueiro Gilmar cumprindo suspensão automática, o São Paulo montou também uma defesa que ainda não se conhece, com Júnior Baiano e Bordon.
O problema foi bem aproveitado pelo Vitória, que continua sem vencer no Campeonato Brasileiro.
Aos 11min do 1º tempo, Giuliano recebeu um lançamento dentro da área, sem marcação: Júnior Baiano e Vítor esperavam que o outro estivesse mais atento.
Com isso, o atacante do Vitória conseguiu dominar a bola e chutar forte, no ângulo esquerdo de Zetti.
O empate, porém, veio três minutos depois. Atingido por João Marcelo, Caio caiu dentro da área. O árbitro carioca Carlos Elias Pimentel interpretou como pênalti.
Foi o momento em que Telê Santana optou pela prudência –cobrador oficial, o meia Palhinha errou os últimos três, um dos quais na final da Libertadores, perdida para o Vélez Sarsfield.
O técnico indicou ao zagueiro Júnior Baiano a responsabilidade de cobrar. Júnior chutou forte, no canto direito do goleiro Roger.
A igualdade aumentou a prudência dos dois times, que percebiam suas deficiências, principalmente no meio-campo.
Morumbi
Os dirigentes do São Paulo reuniram-se ontem com o engenheiro Luís Alfredo Falcão Bauer, responsável pela avaliação mensal das condições do estádio.
Foi feito um relatório sobre as estruturas do estádio, que será entregue hoje ao secretário municipal da Habitação e Desenvolvimento Urbano, Lair Krahenbuhl.
No relatório, é explicado que a obra de recuperação e manutenção de estrutura do estádio ficará pronta em seis meses.
"Mesmo assim, o Morumbi tem condições plenas de segurança para receber seus torcedores", disse o diretor de obras, Luiz Cholfe. Por seis meses, a capacidade máxima do estádio estará fixada em 80 mil pessoas.

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