São Paulo, sábado, 10 de setembro de 1994 |
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Menores são acusados de incendiar casa
ROGÉRIO MARTINEZ
O crime aconteceu na madrugada de quarta-feira e ontem o delegado Ednei Carvalho, 49, começou a procurar testemunhas para confirmar a culpa dos menores. Ninguém quer falar com a polícia. Todos os moradores temem agressões da gangue. Pelo menos três outras famílias estão ameaçadas de morte no bairro. Os menores são integrantes da gangue Furacão 2.000 e teriam incendiado a casa em represália à prisão do líder do grupo, Valdeir Gomes Oliveira, 19, conhecido como "Índio". A Furacão 2.000 é uma das três gangues de adolescentes que praticam pequenos furtos e provocam muitas brigas em bailes de fim-de-semana em Araçatuba. Oliveira, que responde a sete inquéritos por agressões, é suspeito de vender drogas pelos menores. A gangue acusa o pedreiro de denunciar um dos supostos vendedores, conhecido como "Cascatinha", que teve a casa revistada. Durante a blitz a polícia teria apreendido objetos furtados e pequenas porções de cocaína, que são o primeiro indício de tráfico envolvendo Oliveira. Segundo a polícia, depois da apreensão Oliveira esteve na casa de Falcão, agrediu toda a família, quebrou móveis e ameaçou matar todos se eles fossem até a polícia. Falcão denunciou o caso. Oliveira foi preso por volta de 22h do dia 6 de setembro e na madrugada do dia 7 a casa foi incendiada. Os menores derrubaram móveis e eletrodomésticos como a geladeira e levaram algumas roupas antes de queimar o que sobrou. O pedreiro fugiu com a mulher e três filhos. A família está escondida e vai deixar a cidade. A polícia já identificou a maioria dos menores, inclusive as duas meninas. A Folha não encontrou nenhum deles no bairro ontem. Os vizinhos não disseram onde os menores ficam durante o dia. Texto Anterior: Prefeitura abre processo Próximo Texto: Minas Gerais 1; Minas Gerais 2; SP Interior 1; SP Interior 2; SP Interior 3; SP Interior 4 Índice |
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