São Paulo, sábado, 10 de setembro de 1994 |
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Dólar comercial bate novo recorde de baixa Moeda fecha a R$ 0,86; BC diz que queda não tem limite JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA
A moeda norte-americana fechou cotada a R$ 0,863 para compra e a R$ 0,865 para venda. A queda foi de 1,48%, em relação à cotação da véspera, e de 2,48%, no acumulado do mês. A diferença para a cotação de venda do Banco Central, fixada em R$ 1,00 por US$ 1,00, chegou aos 13,5%. O comportamento baixista teve imediata repercussão no mercado futuro. Foram registrados recordes no volume negociado (R$ 1,9 bilhão) e no número de contratos (431.414). O mercado previa, anteontem, que a cotação do dólar fechasse novembro a R$ 0,943. Ontem, a projeção baixou para R$ 0,929. A queda do comercial contaminou todas as demais cotações da moeda norte-americana. O "black" fechou em baixa de 0,55%, cotado, na venda, a R$ 0,905, enquanto o dólar-turismo, segundo o Banco do Brasil, caiu 1,10% (sendo vendido a R$ 0,90). Não há segredo algum para explicar o movimento de queda das cotações: a oferta de dólares continua superando a demanda. Ontem, por exemplo, segundo as contas do mercado, sobraram US$ 120 milhões. O grosso é composto por ACCs (Adiantamento de Contratos de Câmbio). A política do BC está empurrando, de forma gradual, as taxas de juros para cima e tornando o ACC a forma de crédito mais barata a que tem acesso os exportadores. Mas, além disso, pesaram as declarações do diretor do BC, Gustavo Franco. Para ele, não há limite para queda. Foi como uma senha. Antes, o dólar estava cotado a R$ 0,968; depois, chegou a ser negociado até por R$ 0,862. LEIA MAIS sobre o mercado financeiro à pág. 2-4 Texto Anterior: O deságio cambial Próximo Texto: Inflação derruba Bolsa de NY Índice |
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