São Paulo, segunda-feira, 12 de setembro de 1994
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Órgão apodrece no Municipal

LUÍS ANTÔNIO GIRON
DA REPORTAGEM LOCAL

A Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo quer transformar as duas orquestras que mantém em fundações. Segundo Isabel Sobral, diretora do Departamento de Teatros da secretaria, a idéia é tornar "mais competitivas" as orquestras Sinfônica Municipal e Experimental de Repertório.
Para Karabtchevsky, esta é a única maneira de equalizar os salários e eliminar os focos de tensão entre os músicos e a secretaria.
O ápice da tensão se deu em julho último, quando, descontentes com o salário de US$ 350,00, oito músicos da Municipal fizeram uma operação-tartaruga histórica: tocaram em volume baixo a ópera "Pedro Malazarte", de Camargo Guarnieri. Os salários acabam de ser aumentados pra R$ 1 mil e os músicos estão apaziguados.
O trompista Angelino Bozzini, presidente da Associação dos Músicos da Municipal, aponta problemas que considera mais sérios: o órgão o teatro está apodrecendo e sem previsão de restauração; a orquestra necessita de doze músicos para ficar completa; o fosso de orquestra foi diminuído e não possui iluminação suficiente.
A Experimental de Repertório divide o espaço com um escritório da PM na rua Santo Amaro (centro de São Paulo). "Além da péssima acústica, temos que ensaiar com a PM ao lado", diz Jamil Maluf.
(LAG)

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