São Paulo, segunda-feira, 12 de setembro de 1994 |
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Banda faz CD babélico
LUÍS ANTONIO GIRON
"Casa Babylon" realiza não uma fusão, mas um choque de estilos, sons, linguagens, registros, sonoridades. Ó um disco babélico, em que a confusão reina e dá frutos dançantes. A simbologia utilizada nas colagens sonoras (e também no livreto) é latino-americna. A faixa-título conceitua a posição entre-mundos do grupo, nem tão primeiro, nem tão terceiro. O multiculturalismo se faz presente pelo uso de ritmos como salsa, rock, música cigana. Em faixas como "Santa Maradona", homenagem à Dieguito como paradigma das virtudes e mazelas do futebol, e "Bala Perdida", retrato da Colômbia, o Mano Negro indica um caminho possível para a cultura pop. O caldeamento dos sons não segue pureza de espécie alguma, resultando numa espécie de mostruário veloz de manifestações culturais "cucarachas". A liga é dada pelo trabalho de estúdio. Colagens na mesa de som desorientam o ouvido aristotélico. "El mundo es una puta/ Pa todo lo hay que pagar", dizem os versos de "La Vida me da Palo". A um tempo, Mano Negra indica um caminho e postula a descrença vital em relação a ele. (Luís Antônio Giron) Disco: Casa Babylon Autor: Mano Negra Gravadora: Virgin Preço: R$ 20 (importado) Texto Anterior: Mano Negra troca francês pelo espanhol Próximo Texto: "Come" de Prince é coquetel de sexo e raça Índice |
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