São Paulo, terça-feira, 13 de setembro de 1994
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Petroleiros e bancários também páram

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS E

Salvador e da Folha Sudeste
Os 1.600 petroleiros de Santos, Cubatão e São Sebastião (São Paulo) estão em estado de greve desde a última quinta-feira.
Eles reivindicam reposição de perdas salariais de 112,68% sobre o salário de agosto, ocorridas entre setembro de 93 e agosto de 94. A Petrobrás oferece 13,39%.
O Sindipetro de Santos (SP), que não é ligado a nenhuma central sindical, disse que hoje recomeçam as negociações com a Petrobrás, no Rio de Janeiro.
Hoje também ocorre a assembléia dos 10.500 metalúrgicos da Cosipa, de Cubatão. Eles reivindicam que a empresa aceite os itens do acordo coletivo proposto em maio, data-base da categoria.
Em 16 de maio, os funcionários da Cosipa realizaram uma greve de 24 horas, visando pressionar a Cosipa a assinar o acordo coletivo.
Após interferência do Tribunal Regional do Trabalho, os metalúrgicos decidiram continuar negociando e interromperam a greve.
Segundo o sindicato –sem filiação a centrais sindicais– não está descartada a possibilidade de uma greve, caso a Cosipa interrompa as negociações.
Os petroleiros da região de Campinas (São Paulo) também estão mobilizados para a campanha salarial mas ainda sem perspectivas imediatas de paralisação.
A Federação Nacional dos Petroleiros está convocando para o próximo final de semana uma plenária para discutir greve.
Os funcionários da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) também ameaçam entrar em greve contra a falta do cumprimento do acordo que repassa a inflação da Fipe dos dois últimos meses.
A categoria deve realizar esta semana uma assembléia para decidir se para ou não os trabalhos.
A assessoria de imprensa da universidade disse que a verba não foi repassada por falta de verba do governo. A reitoria afirmou que vai fazer o pagamento em outubro.
Bancários
Os bancários baianos começam hoje paralisações-surpresa nas agências de Salvador, segundo o diretor sindical Eduardo Navarro.
No próximo sábado, em reunião nacional, a categoria decide sobre a deflagração da greve, que depende ainda de uma reunião com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), marcada para amanhã. Os bancários pedem 119% de reposição salarial retroativa a setembro de 93.
Os petroleiros baianos também aguardam a posição da reunião nacional marcada para este fim de semana. Os metalúrgicos tentam acordo com o sindicato patronal antes da data-base, marcada para outubro.

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