São Paulo, terça-feira, 13 de setembro de 1994 |
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Essência pode esconder o mal
PAULO COELHO
Um homem cruza uma tempestade de neve, quando escuta um ruído. Vê uma cobra, ferida e quase morta de frio. "Me ajuda", diz. "Você é perigosa", responde o homem. "Não vê que estou quase morrendo e não posso lhe fazer mal nenhum", implora a serpente. Compadecido, o homem a recolhe e leva para a sua casa. Durante algum tempo convivem em harmonia. Mas um dia, enquanto acariciava a cabeça da cobra, ele recebe uma mordida fatal. "O que é isso?", diz o homem, à beira da morte. "Salvei sua vida, lhe dei comida, carinho –e agora você me envenena?" E a serpente responde: "Mas você sabia que eu era uma cobra, não sabia?" Texto Anterior: Governo do Estado de SP cuida de seus museus Próximo Texto: Mike Stern inaugura teatro Transamérica Índice |
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