São Paulo, quarta-feira, 14 de setembro de 1994
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Estilo vive sem sucesso no país

GABRIEL BASTOS JUNIOR
DA REPORTAGEM LOCAL

O rock progressivo chegou ao Brasil sem muita força, mas, por incrível que pareça, o gênero ainda está vivo por aqui também.
Talvez o nome mais significativo do progressivo "brasuca" seja o grupo O Terço, que hoje vive do mercado internacional.
A banda comemorou os 25 anos de carreira ano passado com um show ao lado da Orquestra Sinfônica Juvenil de São Paulo, com regência do maestro Julio Medaglia e arranjos de Rogério Duprat.
Além disso lançou o álbum "Time Travellers" (pela gravadora americana Record Runner), que vendeu mais de 10.000 cópias nos EUA, Europa e Japão.
O Terço foi o conjunto de origem de gente como Vinícius Cantuária (Tigre de Bengala), Flávio Venturini e Magrão.
Os dois últimos formaram o 14 Bis. O grupo mineiro guardou pouca coisa do progressivo (as faixas "Instrumental" 1 e 2, do disco 14 Bis, por exemplo), mas fez grande sucesso com músicas como "Bola de Meia, Bola de Gude" e "Linda Juventude".
Outro pilar do progressivo brasileiro ainda fresco na memória do grande público é o também mineiro Sagrado Coração da Terra.
Fundado em 1979 pelo violinista Marcus Viana, o grupo só apareceu dez anos depois com a música "Flecha" (do disco homônimo), na trilha sonora da novela "Que Rei Sou Eu?".
O álbum só foi lançado no Brasil pela CBS (atual Sony) depois de sair no Japão.
Além disso, a banda tem músicas em coletâneas de rock progressivo na França e Suécia.
Outros grupos progressivos não tiveram tanta sorte. O carioca Bacamarte (de 1974) chegou a ter participação da cantora Jane Duboc em seu único disco –"Depois do Fim", quase um álbum póstumo, como o título indica–, mas morreu desconhecido antes da explosão do rock nos anos 80.
Os veteranos do Terreno Baldio aparecem de vez em quando. Em fevereiro deste ano, por exemplo, fizeram um show no Centro Cultural São Paulo.
(GBJ)

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