São Paulo, quinta-feira, 15 de setembro de 1994
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Paralisação já atinge 70 mil metalúrgicos

DAS REGIONAIS E DA

Reportagem Local
Os metalúrgicos do ABCD ampliaram a greve da categoria, que entrou ontem no terceiro dia.
Cerca de 2.700 funcionários da TRW pararam. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABCD, estão parados na região cerca de 70 mil metalúrgicos.
O presidente da entidade, Heiguiberto Navarro, o Guiba, afirmou que se não houver acordo a greve será ampliada.
Os metalúrgicos pedem a reposição da inflação de julho e agosto, de 11,87% (correspondentes a 40 horas de trabalho) e a antecipação da data-base para novembro. O sindicato abriu mão do reajuste mensal integral da inflação.
Ontem pela manhã o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e diretor da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, se reuniu com Guiba e com o presidente estadual da CUT, José Lopes Feijóo.
Eles anunciaram para hoje uma plenária sindical com representantes de todas as centrais sindicais e entidades filiadas, às 15h, na sede do sindicato em São Bernardo. O objetivo é discutir o apoio à greve. Paralisações de outras categorias não estão descartadas.
Em São Paulo, Paulinho pretende parar hoje a Sofunge, com 3.000 funcionários, além de manter a greve na Ford Ipiranga.
O Sindipeças entrou ontem na Justiça com o pedido de instauração de dissídio coletivo –julgamento da legalidade– da greve dos metalúrgicos do ABCD.
O diretor do Sindipeças, Wilson Começanha, afirmou que o setor não tem condições de conceder qualquer reajuste. O presidente nacional da CUT, Vicente Paulo da Silva, lamentou a decisão.
Os funcionários da GM de São José dos Campos decidiram em assembléia ontem pela manhã suspender a greve para aguardar o resultado da negociação entre montadoras, governo e trabalhadores.

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