São Paulo, quinta-feira, 15 de setembro de 1994 |
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PT pede cassação de Roseana EUMANO SILVA EUMANO SILVA; MARCOS NOGUEIRA
O PT pediu ontem, em comício em São Luís, que a candidatura de Roseana Sarney (PFL) ao governo do Maranhão seja cassada. Roseana é acusada pelo PT de fazer propaganda eleitoral com cadernos impressos pela gráfica do Senado. A cassação da candidatura foi pedida por Washington Luiz de Oliveira, candidato a deputado federal pelo PT. Ele também pediu que seja cassada a candidatura do senador Alexandre Costa (PFL), que disputa a reeleição. No discurso que fez depois de Oliveira, o candidato do PT a presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, também atacou o uso da gráfica do Senado para fazer propaganda eleitoral. "Se todos que usarem a máquina do Congresso forem cassados, vai sobrar muito pouca gente", disse Lula. Oliveira afirmou que foram impressos um milhão de cadernos escolares. Todos os cadernos trazem, em sua capa, uma foto do Congresso com o nome e a logomarca da campanha do senador Alexandre Costa à reeleição. A mesma logomarca aparece impressa em todas as páginas. Na contracapa aparece uma foto de Roseana Sarney e, na parte interna da capa, está grafado o nome do ex-governador Edison Lobão, outro candidato do PFL ao Senado. O texto publicado no caderno afirma o seguinte: "Como ministro, Alexandre Costa ajudou o Maranhão inteiro. Como senador, a força moral, o trabalho e o espírito de luta consagram uma representação sadia que deve continuar honrando o Maranhão." Alexandre Costa afirmou à Folha que mandou fazer os cadernos para "ensinar Lula a ler e escrever". "Não confirmo nem desminto que os cadernos foram impressos na gráfica do Senado. Não tenho que dar satisfação a ninguém", disse Costa ao ser perguntado sobre onde os cadernos foram impressos. Procurada pela Folha, Roseana não foi encontrada. Ela estava em campanha no interior do Maranhão. Seu pai, o ex-presidente José Sarney, afirmou que a acusação é uma "besteira" e que Roseana não poderia imprimir os cadernos porque não é senadora. Texto Anterior: Quércia elogia a decisão do tribunal Índice |
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