São Paulo, quinta-feira, 15 de setembro de 1994 |
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Estudante é assassinada com tiro no coração
FÁBIO GUIBU
Ela foi assassinada ontem com um tiro no coração. O corpo da estudante foi encontrado às 6h30, no porta-malas de seu carro, um Escort XR-3. O veículo estava estacionado próximo à Faculdade de Direito da cidade. O Escort foi localizado após denúncia anônima à delegacia de Caruaru. Não havia marcas de tiros ou de sangue no interior do carro. Para a delegada Noely Sales de Souza, que investiga o caso, isso indica que o assassinato pode ter ocorrido em outro local. Esta hipótese é ainda reforçada pelo fato de os sapatos da vítima estarem "limpos e molhados, como se tivessem sido colocados depois do crime", afirmou a delegada Noely. Segundo ela, os indícios mostram que Shirley –filha única de um conhecido publicitário da cidade– não foi agredida antes de morrer. Nada foi roubado dela. Segundo os policiais, esse indício aumenta a suspeita de crime passional. Shirley estudava contabilidade, tinha dois filhos e era divorciada. Na noite de anteontem, ela foi vista duas vezes em companhia de outras pessoas. Segundo a delegada, às 22h30, policiais militares a reconheceram em seu carro, próximo ao local onde o corpo foi encontrado. Ela estaria acompanhada de uma pessoa ainda não-identificada, afirmaram os PMs. Shirley também foi vista num bar da cidade, com amigos e o namorado. Até as 15h de ontem, quatro testemunhas tinham sido ouvidas pela polícia. Os depoimentos, mantidos em sigilo, fortalecem a tese de crime passional, disse a delegada. O namorado da vítima, um grande comerciante de Caruaru cujo nome não foi divulgado pela polícia, já foi intimado a depor. A família da estudante "está chocada", segundo a delegada. Parentes de Shirley devem ser chamados para depor entre hoje e amanhã. Texto Anterior: Suspeito de corrupção depõe Próximo Texto: Avião de tráfico rende R$ 280 mil em leilão Índice |
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