São Paulo, quinta-feira, 15 de setembro de 1994![]() |
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Presos mantêm 30 reféns por 7 horas em SP
VALMIR DENARDIM
Segundo a polícia, a rebelião começou por volta das 10h, quando oito presos, armados com um revólver calibre 32 e estiletes, dominaram o diretor do presídio, Jaime Murilo Marinho. Eles pretendiam fugir. O presídio tem 700 presos. A rebelião ficou restrita aos oito presos iniciais. Eles tomaram como reféns 30 funcionários e os mantiveram sob ameaça no setor administrativo. A PM invadiu o presídio às 12h30. No começo da tarde, chegaram a Sorocaba o juiz-corregedor de estabelecimentos penitenciários do Estado, Ivo de Almeida, e o secretário-adjunto de Administração Penitenciária, Antônio Ferreira Pinto. Eles formaram uma comissão de negociação que incluiu o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) local, Antônio Carlos Delgado Lopes. Por volta das 16h20, as 15 mulheres reféns –entre elas uma grávida– começaram a ser libertadas como resultado das negociações. Até as 17h30, todos os reféns foram soltos. "Eles (os presos) foram bem-educados", disse laconicamente um dos reféns, que não quis se identificar. O refém Admilson Hélio França dos Santos foi retirado do presídio às 17h em uma UTI móvel e levado ao hospital. Segundo o delegado José Maria Florenzano Castilho, ele levou um tiro de raspão numa perna. O tiro teria sido disparado por um dos presos. Segundo Ferreira Pinto, os presos se renderam sem resistência. "Não houve violência. Eles apenas optaram pela transferência ao final", afirmou. Às 18h, os oito rebelados foram retirados do presídio. Gilberto Mendonça Gomes, Manuel Messias Franco e Wilson Franco dos Santos foram transferidos para a penitenciária de Bauru. Claudinei Jorge Faria foi para Guarulhos. José Ivanildo Melo da Silva, Wilson Fernandes, Édson Luiz Gomes e José Alexandre Alcoléa foram para a Penitenciária Central do Estado, em São Paulo. Texto Anterior: Avião de tráfico rende R$ 280 mil em leilão Próximo Texto: Discussão por cheques sem fundo causa mortes Índice |
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