São Paulo, quinta-feira, 15 de setembro de 1994 |
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Dorothy Parker ganha versão musical
ANA FRANCISCA PONZIO
Autora: Dorothy Parker Direção: Odavlas Petti Onde: Teatro Mars (r. João Passalacqua, 80, tel. 011/605-9570) Estréia: 23 de setembro, às 21h Quando: quinta, sexta e sábado, às 21h, domingo, às 20h Quanto: preços promocionais, até 30 de outubro, de R$ 10,00 (quinta e domingo) e R$ 12,00 (sexta e sábado) Os textos de Dorothy Parker, inéditos nos palcos dos Estados Unidos, estão ganhando uma versão musical em São Paulo. No próximo dia 23, no Teatro Mars, estréia "Histórias de Nova York" –peça estrelada por Maitê Proença, cujo roteiro se baseia em oito contos da escritora norte-americana, adaptados e dirigidos por Odavlas Petti. Superprodução, "Histórias de Nova York" reúne atores, bailarinos e músicos com o propósito de trazer um pouco de Broadway para o público paulistano. Pela primeira vez, Maitê Proença se exibe cantando e dançando. Segundo o diretor Odavlas Petti, a peça é uma "adaptação livre e sintética" de oito dos 20 contos do livro "Big Loira e Outras Histórias de Nova York", lançado no Brasil pela Companhia das Letras, com tradução de Ruy Castro, colaborador da Folha. "Dorothy Parker é um clássico. Seus textos retratam a fragilidade humana, sendo universais e atemporais", diz Petti. "Como Oscar Wilde, ela integra a galeria de artistas malditos que foram contra o fluxo social de suas épocas." Nascida em West End, Nova Jersey, em 1893, Dorothy também foi roteirista de cinema, jornalista e crítica literária. Com seu humor mordaz, marcou os anos 20 e 30, sendo considerada por F. Scott Fitzgerald a melhor escritora de sua geração. A adaptação de Petti procura retratar a sociedade nova-iorquina da primeira metade do século através de personagens femininas solitárias, apesar de sua liberdade. Os produtores da peça, da empresa Lazzo Comunicação e Marketing, investiram R$ 220 mil, patrocinados pelo Banco Real. "Histórias de Nova York" tem trilha sonora de Guga Stroeter e Matias Capovilla, que procuraram explorar a riqueza musical da época, principalmente através das composições de Cole Porter e George Gershwin. "Até o final do século passado, a música era muito ligada à nobreza européia. Com a Broadway, surgiram as músicas para o homem comum e o conceito de canção", comenta Stroeter, que acrescentou à trilha obras de Cab Calloway, Rodgers & Hart e gospels. Marco Lima assina a cenografia, que começa já na entrada do teatro, onde o bar ganhou decoração típica dos anos 30. Com coreografia de Lau Delgado (ex-Grupo Cisne Negro), a peça tem no elenco a atriz a cantora Dadá Cyrino e Wellington Nogueira, que atuou em musicais da Broadway durante oito anos. Para Maytê Proença, o musical representa a oportunidade de permanecer em cartaz em São Paulo durante os sete dias da semana. Também em cartaz no Teatro Hilton, de segunda a quarta-feira, em "Confissões de Mulheres de 30", Maitê deixa temporariamente os compromissos com a televisão para enfrentar a temporada permanente nos palcos paulistanos. "Concordei até em me mudar do Rio para São Paulo", ela afirma, apostando no sucesso da peça. "Acho que vou fazer bem todos esses papéis femininos porque estou movida por muita vontade e cercada por uma produção competente e de bom gosto." Promoção A Folha promove a pré-estréia da peça no próximo domingo, às 20h30, no Teatro Mars. Serão distribuídos 250 convites válidos para duas pessoas na portaria da Folha (al. Barão de Limeira, 425, Campos Elíseos, região central de São Paulo) a partir das 14h de hoje. Os convites podem ser trocados na bilheteria do Teatro Mars a partir das 14h de sábado. Texto Anterior: Iole de Freitas expõe seu "Teto do Chão" Índice |
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