São Paulo, sexta-feira, 16 de setembro de 1994
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Fiesp reage à queda das alíquotas de importação

DA REPORTAGEM LOCAL E DA AGÊNCIA FOLHA

A Fiesp reagiu ontem com veemência à queda das alíquotas de importação de 445 produtos.
Preocupado com a perda de competitividade dos produtos nacionais, Carlos Eduardo Moreira Ferreira, presidente da Fiesp, disse que essa medida deveria ter sido precedida de consulta aos setores mais atingidos.
Ele disse que o estímulo à importação vai agravar a situação do emprego na indústria paulista, que demitiu 59.785 trabalhadores de janeiro até agosto deste ano.
Moreira Ferreira qualificou de "ruim" a antecipação das reduções das tarifas de importação.
As reduções, consequência do ajuste das tarifas brasileiras à Tarifa Externa Comum do Mercosul, deveriam vigorar em 1º de janeiro de 95.
José Correia da Silva, presidente da Abiquif (Associação Brasileira da Indústria Farmoquímica), disse que o setor deve parar de produzir a matéria-prima nacional similar aos itens (12) que tiveram sua alíquota baixada para 20%.
A entidade vai propor a seus associados a saída da câmara setorial do governo.
O presidente do Sindipeças, Paulo Roberto Butori, disse que o setor não terá condições de assimilar uma redução nas alíquotas de importação. Butori reclamou da situação econômica do setor para os ministros da Fazenda, Ciro Gomes, do Trabalho, Marcelo Pimentel, e da Justiça, Alexandre Dupeyrat, na reunião que discutiu a greve no ABC.
A Câmara Municipal de Manaus (AM) encaminhou ontem documento ao ministro Ciro Gomes no qual diz que a redução afetará "de maneira considerável a margem de competitividade" dos produtos da Zona Franca de Manaus.
O Centro das Indústrias do Amazonas estima que a redução do imposto irá gerar cerca de 30.000 desempregos.

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