São Paulo, sábado, 17 de setembro de 1994
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Umidade do ar continua crítica no DF; em SP, seca mata 1.800 bois

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A umidade relativa do ar em Brasília registrou ontem uma pequena melhora –16%–, às 15h e às 16h. Apesar disso, permaneceu na faixa considerada "crítica" pela OMS (Organização Mundial de Saúde): abaixo de 20%.
Ontem completaram-se 54 dias sem chuva na região do Distrito Federal. Segundo a meteorologia, somente na próxima semana a umidade relativa do ar deve alcançar índices melhores, por causa da proximidade de uma frente fria.
Na região de Barretos (438 km a noroeste de SP), a seca –que completa hoje 120 dias– causou um prejuízo de R$ 200 mil aos criadores de gado, segundo a Dira (Divisão Regional Agrícola).
Levantamentos da divisão apontem que 1.800 animais morreram nos últimos 15 dias e outras mil cabeças podem morrer se não chover nas próximas duas semanas.
A região é a terceira maior produtora de gado no Estado, perdendo para Araçatuba e Presidente Prudente, segundo a Dira.
Na região de Presidente Prudente (558 km a oeste de SP), as chuvas de anteontem não foram suficientes para melhorar as pastagens ou para iniciar o plantio.
Segundo a Estação Meteorológica da Universidade Estadual Paulista, seria preciso que chovesse em torno de 21 mm para começar a recuperação do solo. A região ficou 53 dias sem chuvas.
Na região do Vale do Paraíba, segundo o Corpo de Bombeiros, cerca de 15,6 milhões de m2 da vegetação foram destruídos no mês de agosto pelas queimadas. Não chove forte na região há 55 dias.
Em São José do Rio Preto (451 km a noroeste de São Paulo), a chuva fina que atingiu a região anteontem foi insuficiente para animar os produtores. A região está completando hoje 123 dias sem chuvas acima de 10 mm.
Segundo o capitão Frank Andrade, 31, do Corpo de Bombeiros, a chuva fina ajudou a apagar o incêndio na mata de Sales. Todos os bombeiros já deixaram o local.

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