São Paulo, sábado, 17 de setembro de 1994
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Após denúncia, Tuma afasta assessor condenado

DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato do PL ao Senado por São Paulo, Romeu Tuma, informou ontem que afastou do comando da sua campanha eleitoral o assessor Carlos Eduardo Mendonça Melluso.
O assessor, segundo revelou a Folha ontem, foi condenado por peculato (crime por desvio de dinheiro público cometido por funcionários de governo).
Tuma, que faz a sua campanha definindo-se como "o xerife", disse que desconhecia a condenação e as outras complicações jurídicas de Melluso.
O assessor responde ainda processo por crime eleitoral, sendo acusado de usar documentos falsos para fraudar fichas de filiação do PL, partido a que pertence.
Os cartórios de Barra Bonita (308 km a noroeste de São Paulo), onde é vereador, registraram também 24 ações cíveis contra Melluso, que deixou de saldar dívidas com bancos e empresas.
Melluso era responsável por toda a mobilização de políticos e cabos eleitorais do interior do Estado para as campanhas de Tuma e do seu filho Robson Tuma (PL), candidato à reeleição como deputado federal.
Desde a campanha 1990, quando Robson foi eleito para o Congresso, que Melluso ajuda Tuma nas atividades políticas.
A condenação de Melluso, conhecido entre os políticos como "Carlão", foi publicada em despacho do "Diário de Justiça" de São Paulo no dia 4 de fevereiro deste ano.
Melluso foi condenado depois de ser acusado de desviar dinheiro da Prefeitura de Barra Bonita, onde trablhava como assessor, para contas bancárias particulares.
Não houve punição, segundo o Tribunal de Justiça, devido à prescrição da pena. A explicação técnica é a seguinte: transcorreram mais de quatro anos entre o último crime cometido (janeiro de 86) e o recebimento da denúncia do Ministério Público (junho de 90).

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