São Paulo, sábado, 17 de setembro de 1994 |
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Vantagens triplicam o salário dos senadores
DENISE MADUENO
O senador não paga apartamento, passagens de avião, carro, gasolina e telefone. Tem direito a uma ajuda de custo no valor de seu salário todo ano (veja quadro). Nas convocações durante o recesso, recebe mais um salário. Pode ocupar um apartamento funcional em Brasília ou receber R$ 1.011,92 como auxílio-moradia. Tem direito a quatro passagens de avião por mês de ida e volta para a capital do Estado que representa e uma para o Rio. Um carro (Opala ou Santana) fica à sua disposição com direito a 25 litros de gasolina por dia, de segunda a sexta-feira, apesar de raramente ficar em Brasília durante toda a semana. Tem direito ainda a uma cota de correspondência e de ligações telefônicas residenciais. As chamadas no gabinete são livres. Subfaturamento O parlamentar tem direito também a usar a gráfica do Senado para serviços até R$ 4.062 por ano. A gráfica cobra 8% do menor valor de mercado pelos serviços prestados. Cada calendário feito por Lucena custou R$ 0,0076, mas não sairia por menos de R$ 0,20 em uma gráfica de Brasília. Com os preços subsidiados, a cota a que cada senador tem direito rende mais. A Folha fez pesquisa de preços em duas gráficas. Os 130 mil calendários com sua foto não ficariam por menos de R$ 26.000. Custaram R$ 1.000. Segundo o primeiro secretário do Senado, senador Júlio Campos (PFL-MT), cerca de 10% do serviço da gráfica é gasto com cartões, calendários e peças de divulgação. O trabalho maior, segundo ele, é com a impressão do material para funcionamento do Congresso, como os diários do Senado e Câmara, os projetos de lei e os trabalhos das comissões da Casa. Trabalham na gráfica 1.200 funcionários. Ao todo, o Congresso Nacional tem 584 parlamentares. Texto Anterior: TRE lança central de informações ao eleitor Próximo Texto: Lista de suspeitos tem 8 nomes Índice |
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