São Paulo, domingo, 18 de setembro de 1994 |
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SBT começa a gravar em Portugal
ANNETTE SCHWARTSMAN
Durante dez dias, uma equipe enxutíssima de sete pessoas, liderada pelo diretor Nilton Travesso, gravou várias cenas com três dos protagonistas da trama: Guida (Débora Bloch), Daniel (Eduardo Moscovis) e Amália (Daniela Camargo). Foram produzidos, também, "pack shots" –imagens para serem inseridas durante toda a novela. Além das duas cidades, Travesso percorreu todo o norte do país para encontrar uma aldeia que servisse de locação para a trama, ambientada em 1860. Só foi descobri-la no pequeno vilarejo de Sistelo, a cerca de 25 quilômetros da fronteira com a Espanha. "Foi o único local onde achamos uma aldeia com o estilo romântico preservado", conta. As sequências gravadas em Portugal irão ao ar nos capítulos de números três a sete da novela, com estréia prevista para dezembro. Uma das mais complicadas foi a cena de uma briga entre Amália e Daniel, que previa um temporal. A chuva foi artificialmente criada com a ajuda do corpo de bombeiros da cidade de Guimarães e quase inundou a pousada que servia de cenário. Segundo o diretor, além dos bombeiros, todas as autoridades locais também contribuíram para o sucesso das gravações. "Nós conseguimos autorizações que normalmente demoram 12 dias em 24 horas. Todos foram muito compreensivos e acho que pesou muito o fato da novela ser uma adaptação da obra de Júlio Diniz, um autor que os portugueses prezam muito e consideram como um dos romancistas mais modernos de sua época", diz Travesso. Mas as autoridades não puderam ajudar a equipe do SBT em outro tipo de dificuldade: o barulho. Assim, todas as cenas com som direto previstas para a cidade do Porto tiveram que ser transferidas para Guimarães. "A poluição sonora do Porto é muito grande", explica um decepcionado Travesso. Texto Anterior: Ator ateu interpreta médium na novela Próximo Texto: Ingra Liberato faz participação especial na novela Índice |
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