São Paulo, domingo, 18 de setembro de 1994
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Cultura prepara dois novos documentários sobre o Japão

MARCELO DE SOUZA
DA REPORTAGEM LOCAL

Preparar um documentário para a TV é um trabalho hercúleo. A quantidade de entrevistas, imagens e informações necessárias para se fazer um bom especial deixam qualquer produtor de cabelo em pé.
Um exemplo é o da Cultura, que está preparando um documentário sobre o Japão, que deve ser exibido no início de novembro.
Até ser finalizado, a diretora do especial, Ângela Sander, terá passado 285 horas enfurnada em uma sala escolhendo o material gravado que deverá ir ao ar.
Em outra sala, a repórter Maria Cristina Poli –que apresenta o "Vitrine"– passará algumas outras dezenas de horas escrevendo os textos do documentário.
São 43 horas de imagens e entrevistas que, ao final, vão ter se transformado em dois programas legendados com uma hora cada.
"Dá trabalho, mas é importante produzir um documentário para que o espectador possa ver os fatos com o olhar brasileiro. É diferente de um especial feito no exterior", diz Poli.
A viagem da equipe, em maio, a terras nipônicas teve custo zero já que foi um convite do governo japonês –que, além disso, cuidou da agenda de entrevistas. "São rigorosíssimos", diz Ângela, ainda sob efeito de tanta organização.
O material colhido já rendeu um especial sobre os meios de comunicação no país, exibido em agosto.
Os outros dois documentários vão mostrar o cotidiano de uma família de Tóquio –os Tanaka– e a vida de brasileiros que, mesmo desorientados com as diferenças culturais e sociais, permanecem no Japão para ganhar dinheiro.
Uma das curiosidades a ser mostrada são os banheiros japoneses, equipados com banheiras que falam e outros aparatos high-tech.
E mais: a produção descobriu que, em banheiros públicos femininos, cada vaso sanitário é equipado com um simulador de barulho de descarga. O objetivo é poupar as recatadas japonesas de ouvirem umas às outras urinando.

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