São Paulo, segunda-feira, 19 de setembro de 1994
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Ciro diz que resistirá a pressão por reajuste

DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

O ministro da Fazenda, Ciro Gomes, disse ontem em Fortaleza (CE) que o governo não vai "se curvar" diante da pressão de fornecedores de matérias-primas para aumentar seus preços.
A Folha divulgou ontem que fabricantes de material plástico e de material de higiene e limpeza pediram ajuda ao Ministério da Fazenda para combater a pressão dos fornecedores de matéria-prima.
"Tomamos todas as providências e, no caso dos fornecedores de papelão e fios, eles já refluíram. Nosso trabalho é não permitir que haja aumento de preços", disse Ciro Gomes.
Para o ministro da Fazenda, o acordo feito entre empresários e metalúrgicos do ABCD foi "bom para o Brasil".
"Pela primeira vez temos a comemorar que foi feito uma acordo entre categorias poderosas sem que se tenha mandado a conta para a população pagar, através do aumento de preços", disse.
Indagado sobre qual a avaliação que fazia da intervenção do governo na greve, Ciro Gomes disse que o uso da palavra "intervenção" era incorreto. Para ele, o governo cumpriu apenas o seu papel de "proteger" o Plano Real e impedir o repasse do reajuste salariais para os preços.
Ciro passou o dia de ontem com a mulher, Patrícia, e seus três filhos, Yuri, Lívia e Ciro, na praia do Porto da Dunas, situada na região metropolitana de Fortaleza. Ele chegou em sua residência, às 18h, dirigindo o seu próprio carro. Estava de bermuda e camisa T-shirt.
Na tarde de anteontem, Ciro levou a família para almoçar uma picanha num restaurante do Shopping Iguatemi.
O ministro embarcou ontem à noite para São Paulo. Hoje, Ciro Gomes toma café com o governador de São Paulo, Luiz Antonio Fleury Filho, e em seguida, reúne-se com empresários na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

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