São Paulo, segunda-feira, 19 de setembro de 1994
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TV não mostraria início da operação

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

As redes de televisão norte-americanas haviam concordado em não fazer transmissões ao vivo dos movimentos das tropas dos EUA no Haiti durante os 60 primeiros minutos da ação militar.
A rede CNN tinha a informação e inclusive cenas da decolagem dos aviões com os pára-quedistas que iniciariam a invasão, mas só as colocou no ar depois de anunciado o sucesso da missão Carter.
Assessores de comunicação da Casa Branca e executivos das redes de TV se reuniram no sábado e discutiram proposta do governo pela qual as emissoras fariam embargo voluntário de cenas que pudessem pôr em risco a segurança das tropas dos EUA no Haiti.
Na Guerra do Golfo, o Pentágono impôs um período de 12 horas a partir do começo da "Operação Tempestade no Deserto" durante o qual as TVs não puderam fazer transmissões ao vivo.
A Casa Branca queria um prazo de autocensura de seis a oito horas, não aceito pelas emissoras. O governo ameaçou responsabilizar publicamente as emissoras se algum soldado morrer por causa de imagens transmitidas por elas.
As redes concordaram em não mostrar imagens que pudessem indicar a localização dos soldados.
Acordo firmado no ano passado entre o Pentágono e meios de comunicação dos EUA pôs fim à censura militar sobre o material de correspondentes de guerra.
(CELS)

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