São Paulo, quarta-feira, 21 de setembro de 1994 |
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Penas ao vento; Promess vã; Material explosivo; Na outra mão; Por via das dúvidas; O mago eleitoral; Constrangedor; Pontos cobertos; Guerra das bandeiras; Dono do pedaço Penas ao vento Não há consenso entre os tucanos sobre a reforma tributária prevista para este ano. A proposta do assessor especial da Fazenda, Edmar Bacha, de tirar o capítulo tributário da Constituição desagrada a outros economistas do PSDB. Promessa vã José Serra foi contra a criação de impostos temporários, argumentando que o governo cuidaria de eternizá-los. FHC prometeu que com o IPMF seria diferente, mas o tucano Bacha cuida para que o ex-chefe morda a língua. Material explosivo Está na mesa de Ciro pedido da Construtora Mendes Jr. para que o governo assuma cerca de US$ 1 bi de perdas que a empresa teve com a Guerra do Golfo. Os pareceres são contra, mas há forte pressão. Na outra mão Enquanto Ciro Gomes dizia aos empresários paulistas que passaria a discutir com o setor a redução de alíquotas de importação, o "Diário Oficial" publicava novas listas de produtos com importação facilitada. Houve queixas na Fiesp. Por via das dúvidas O economista Jorge Mattoso e o empresário Jorge Abrahão –ambos do comitê de Lula– debaterão com empresários e investidores dos EUA dia 22, em Nova York. Em pauta, o que o PT fará com o real. No governo ou na oposição. O mago eleitoral Dias antes do 1º turno, a Bandeirantes mostrará um documentário indicado para o Oscar: "The War Room", sobre o "bruxo" de Bill Clinton, James Carville, que assessorou FHC. Na fita, ele aparece vendo telejornais brasileiros. Constrangedor Reunido com artistas, Brizola se solidarizou com o povo cubano e viu cinejornais dos anos 50, feitos por Santiago Alvarez, em que ele aparece. Na trilha sonora, uma marchinha: "Em Cuba, quem andar na contramão vai ao paredão". Pontos cobertos O TSE baixará esta semana as últimas diretrizes para o dia das eleições. Entre outras normas serão proibidos o uso de bandeiras e propaganda eleitoral ostensiva nos arredores dos locais de votação. Guerra das bandeiras A militância paga de FHC invadiu ontem uma avenida de Brasília, a W-3, com enormes bandeiras amarelas. O contraponto foi feito pelo comitê de Chico Vigilante (PT-DF), que mobilizou petistas com bandeiras vermelhas. Dono do pedaço O administrador dos edifícios ministeriais, Milton Macêdo, aproveitou a demissão de Stepanenko para mandar. Desconheceu a ordem do ministro demissionário e proibiu a circulação de repórteres pelo prédio do ministério. Próximo Texto: Pelo ralo; Copa e cozinha; Fôlego curto; Máquina; Voto a voto; Abrindo baterias; Resposta Índice |
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