São Paulo, quarta-feira, 21 de setembro de 1994
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EUA processam empresa que fará sistema de radar sobre Amazônia

DE WASHINGTON

A empresa norte-americana Raytheon, que ganhou a concorrência para construir o radar de vigilância sobre a Amazônia para o governo brasileiro graças à intervenção pessoal do presidente Bill Clinton, está sendo processada pelo governo dos EUA por superfaturamento.
O Departamento da Justiça dos EUA acusa a Raytheon de ter omitido informações de modo a dobrar seus lucros em contrato para a construção de dois radares para a Força Aérea, no valor de U$ 71,5 milhões.
A empresa nega ter cometido qualquer ilegalidade. Segundo a acusação, a Raytheon teve um lucro de U$ 16,5 milhões no contrato.
Cerca de metade do faturamento da Raytheon é obtido com encomendas feitas pelo governo dos EUA. A empresa ainda conta com o lobby das mais altas autoridades do país, até o presidente, quando participa de concorrências em outros países.
Os radares do contrato suspeito foram construídos na década de de 80 e tinham como objetivo localizar mísseis balísticos submarinos.
Para o estabelecimento dos preços, o governo pediu à Raytheon várias informações sobre o número de funcionários qualificados necessários para a execução do projeto. O governo alega que a empresa se negou a dar algumas dessas informações.

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