São Paulo, quarta-feira, 21 de setembro de 1994 |
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Mercado prevê alta do fluxo
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Por isso, apesar da intervenção de ontem, os diretores de câmbio de bancos e corretoras não estão seguros de que o piso de R$ 0,85, sinalizado pelo BC, seja mantido. Segundo Alberto Alves Sobrinho, diretor da Fair Corretora, o movimento de câmbio acumulado até o último dia 16 mostra uma saída líquida de divisas de US$ 103,3 milhões em setembro. No segmento comercial, a entrada US$ 1,9 bilhão por conta das exportações superou em 684,6 milhões a saída de US$ 1,2 bilhão decorrente das operações de importações nesse período. Nas operações financeiras, porém, saíram US$ US$ 2,4 bilhões, que superaram em US$ 787,9 milhões a entrada de US$ 1,6 bilhão de investimentos estrangeiros. Alves Sobrinho explica que essa aparente contradição entre a saída de divisas e a queda da cotação do dólar deve-se ao fato dos bancos terem acumulado um estoque de US$ 633,4 milhões da moeda norte-americana em julho e agosto, que foi reduzido em apenas US$ 103,3 milhões este mês. As previsões do diretor da Fair Corretora e do gerente de tesouraria de moeda estrangeira do Banco Francês e Brasileiro, Luiz Augusto Dias da Silva, é de que a partir de outubro volte a ocorrer entradas líquidas de recursos externos, pressionando as cotações. Isso porque, além da expectativa de aumento dos investimentos estrangeiros após a eleição, eles levam em conta a perspectiva de manutenção de um juro real interno bastante acima das taxas internacionais, estimulando as operações de adiantamentos de contratos de câmbio pelos exportadores. Outra fonte de pressão, segundo o diretor de outro banco, seria o ingresso de recursos de empréstimos externos, por conta de grandes operações de eurobônus engatilhadas para o mês de outubro. Texto Anterior: Conheça os efeitos do câmbio Próximo Texto: Inflação em SP é a menor desde o Cruzado Índice |
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