São Paulo, quarta-feira, 21 de setembro de 1994
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Programas da Nickelodeon chegam ao país

ARMANDO ANTENORE
DA REPORTAGEM LOCAL

A Nickelodeon, rede norte-americana de televisão que tem como público-alvo crianças e adolescentes, está chegando ao Brasil.
Produções da emissora ganharão espaço na Cultura e no Multishow, um dos canais por assinatura da Globosat. São quatro desenhos, três seriados, um programa de auditório, um educativo e outro para skatistas.
O Multishow exibirá a maior parte do pacote. A partir de outubro, vai reservar quatro horas diárias à Nickelodeon.
A Cultura planeja mostrar os programas da rede americana ainda em 94. Mas, por enquanto, não definiu horários nem data de estréia (leia texto à esquerda).
A Nickelodeon nasceu há 15 anos. Opera via cabo e atinge todo os Estados Unidos. Com 65 milhões de assinantes, está entre os cinco maiores canais pagos daquele país.
Em 86, se tornou um dos braços da Viacom, conglomerado nova-iorquino que controla a MTV Networks e acaba de comprar a Paramount.
Quando surgiu, a emissora tinha um ar "careta". Preocupava-se em transmitir programas "sadios e corretos", à maneira das TVs educativas.
Rapidamente, ganhou o apelido jocoso de "rede das verduras". Comentava-se que exercia sobre as crianças tanto fascínio quanto um prato de espinafre.
A virada veio em 82. Naquele ano, a Nickelodeon começou a abraçar o lema que a norteia até hoje: "Nós contra eles".
"Nós", dizem os diretores da emissora, "são todos os que entendem o ponto de vista infantil, por mais estranho que pareça. Eles são aqueles que vivem pedindo às crianças para sentar num canto e se comportar."
Sob o novo lema, a Nickelodeon passou a produzir programas absolutamente originais. Desenvolveu, por exemplo, novas técnicas de animação, que acabaram revitalizando o cartum norte-americano.
Os estúdios da emissora ficam na Flórida e possuem uma fonte que, em vez de água, faz jorrar geleca verde.
Um borrão de geleca alaranjada, aliás, compõe o logotipo da Nickelodeon. Foi a maneira que a rede encontrou para simbolizar (e celebrar) a rebeldia infanto-juvenil.

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