São Paulo, quinta-feira, 22 de setembro de 1994 |
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No folclore político, usar cocar dá azar a candidato Lula ganha presente de crianças em Campo Grande EMANUEL NERI
Segundo essa tradição, o azar não vem do cocar, mas das penas com que ele é feito. Se a ave que cedeu as penas tiver morrido, o azar é maior ainda. Supersticioso, o ex-presidente José Sarney resistiu a várias investidas de líderes indígenas que queriam colocar cocar em sua cabeça. Outros políticos cederam ao apelo do cocar. Juarez Távora, que disputou a Presidência em 1955, posou com um cocar ao visitar Goiás. Perdeu a eleição para Juscelino Kubitschek. Na campanha presidencial de 1984, Mário Andreazza recebeu um cocar do cacique Crumari e perdeu a convenção de seu partido, o então PDS. Tancredo Neves também foi vítima da maldição do cocar em 84. Ganhou a eleição, mas morreu sem assumir o mandato. O último a desafiar a tradição foi Ulysses Guimarães, em 1988. Logo depois, entrou em depressão e teve que recorrer a medicamentos à base de lítio para superar a crise. (EN) Texto Anterior: Sindicato enviou verba ao PT, diz rodoviário Próximo Texto: Lula reafirma críticas ao processo eleitoral Índice |
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