São Paulo, quinta-feira, 22 de setembro de 1994
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Cantora começou na Hungria em 72

LUÍS ANTONIO GIRON
DA REPORTAGEM LOCAL

Eva Marton é um soprano "dramático". Isso significa que ela possui voz mais grave e carregada que outros tipos de sopranos. Tal registro permite que a intérprete dê conta das óperas românticas mais teatrais.
Esse tipo de voz necessita de educação rigorosa. Eva obteve diploma em canto na Academia Ferenc Liszt de Budapeste, cidade onde nasceu.
Iniciou carreira em 1971 interpretando Kate Pinkerton de "Madame Butterfly".
A carreira ganhou impulso quando deixou a Hungria. Passou a interpretar todo tipo de papel. Fez "Guilherme Tell", em Florença, "Tosca", na Ópera de Viena, e "Attila", em Budapeste.
A cantora recebeu uma série de prêmios. Em 1979, melhor estréia no teatro Colón de Buenos Aires. Em 1980, a rosa de prata do Scala de Milão. Acaba de receber a cruz da República Húngara.
Em 1981 e 1982, melhor cantora lírica do "The New York Times". Ela se destacou no Metropolitan Opera House nas óperas "Tahnnhãuser", "A Mulher Sem Sombra" e "Tosca".
Os êxitos se repetiram no Metropolitan, que se tornou um dos seus palcos favoritos.
O seu grande momento no Met foi em 1987, com "Turandot". Ela dividiu o palco com o tenor Placido Domingo. A regência foi de James Levine. A direção cênica, de Franco Zeffirelli. O vídeo da produção foi lançado há três anos pela Polygram/Deutsche Grammophon e ainda se encontra em mercado.
Ali, Marton mostra todo o poderio vocal e dramático. Imponente, domina a cena de ponta a ponta.
No concerto em São Paulo, ela deverá exibir a mesma força nas cordas vocais. Cantará somente suas especialidades: árias dramáticas de Puccini e Wagner.
(LAG)

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