São Paulo, quinta-feira, 22 de setembro de 1994 |
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Cidade tinha ar de cosmopolita
CARLOS KAUFMANN
Frequentada por marinheiros, comerciantes, artesãos e funcionários do Estado, Óstia era uma cidade cosmopolita. Uma das construções mais interessantes é o Fórum das Corporações, que pode ser comparado a uma "câmara de comércio". Ali estavam cerca de 70 agências comerciais e de navegação. Em frente a cada "escritório" havia um mosaico no pavimento que indicava o gênero de comércio e o seu país de origem. Quatorze dessas inscrições sobrevivem até hoje. Identificam empresas de cidades como Cagliari (Sardenha), Alexandria (Egito) e Narbonne (França, então Gália). Docas, armazéns, mercados e outras edificações públicas compunham o complexo portuário nas zonas mais próximas do antigo curso do Tibre (hoje ele desemboca três quilômetros adiante). Nas áreas habitacionais, opondo-se ao modelo da "domus" com pórticos e o pátio ajardinado no centro da casa, encontram-se restos dos "caseggiati", ou edifícios de apartamentos, que não sobreviveram em Roma. Essas habitações populares multifamiliares possuíam até quatro andares. O térreo em geral era reservado a pequenas lojas. Os exemplares mais bem conservados estão na via della Foce. É fácil encontrar detalhes saborosos da vida cotidiana cercando a monumentalidade do Capitólio e dos templos, na área central. Como o Thermopolium, autêntico bar com balcão, vasos para água e bancos para os clientes. (CK) Texto Anterior: Caminhe no velho porto de Roma, em Óstia Próximo Texto: Lagos pitorescos enfeitam região de Castelli Índice |
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