São Paulo, quinta-feira, 22 de setembro de 1994
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Poluição ameaça monumentos em Atenas

TARCÍLIO DE SOUZA BARROS
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A fuligem e a fumaça estão tomando conta de Atenas e colocando em risco os monumentos do passado. Exemplo disso é a Acrópole, que no momento se acha em fase de restauração. Da colina onde ela fica é possível ver o "smog" cobrir a cidade.
Além de pulmão resistente, o visitante de Atenas precisa de indicações. É impossível caminhar pela cidade sem um mapa local.
Para facilitar a vida do turista, o Serviço de Informações Turísticas (em Syntagma Square) oferece mapas e prospectos da Grécia.
Na Acrópole, um conjunto de vigorosas colunas dóricas dão o toque inconfundível ao Partenon. O local teria sido o palco da batalha entre a deusa Atena e o deus Posseidon pela posse de Atenas (leia texto nesta página).
No templo das Cárites chama a atenção a delicadeza das roupas das deusas. Outro templo que se destaca é o de Artemis.
A Acrópole foi destruída duas vezes. A primeira em 480 a.C.. Temístocles a reconstruiu e recheou os templos com novas estátuas.
Entretanto, hordas de saqueadores e piratas continuavam chegando pelo porto de Pireo para pilhar a história e a arte grega. Imperadores de Bizâncio e legiões de bárbaros invadiram e saquearam a Acrópole sucessivamente.
Em 1827, os turcos bombardearam e atingiram irremediavelmente os templos destruindo altares, colunas e obras de arte.
Após essa última devastação por motivos bélicos, o imperador Oto mandou que uma equipe de arquitetos restaurasse a Acrópole.
Fora da Acrópole
Descendo a colina, o Museu Nacional de Arqueologia (em Patission, 44) merece uma visita. Ele guarda exemplares raros de estátuas antigas em mármore.
Plaka é o bairro no sopé da Acrópole que concentra a diversão noturna. Em meio a um labirinto de ruas, os turistas encontram vistosas lojas e restaurantes ao ar livre com a típica comida grega.
O visitante que busca sabores mais exóticos deve experimentar o vinho com resina de pinheiro. O sabor é ligeiramente amargo.
Para acompanhar peça "chorriatiki", uma salada camponesa de tomates, cebolas, pepinos e azeitonas, coberta com uma fatia de "feta" (queijo de leite de cabra).
Mikonos
Mikonos faz parte das ilhas Cicladas. O estilo mediterrâneo local é ditado pelas casas brancas com janelas e portas pintadas em azul.
As construções esbranquiçadas da ilha têm a gema arquitetural no Paraportiani, uma original aglomeração de capelas. No topo fica a bela torre arqueada com o sino.
Paradise e SuperParadise são as praias mais famosas de Mikonos. Nelas o nudismo é praticado.
No porto da ilha, uma legião de moradores locais disputa a preferência dos turistas por suas acomodações. Aceite a melhor oferta e não hesite em discutir preços.
Para conhecer o câmbio da moeda grega (dracma), consulte o Banco Nacional da Grécia defronte ao porto de Mikonos.
Para quem não abre mão de um hotel, a opção é o Carbonaki (rua Panahrantou, 21, tel. 0289/22-461).
Aegina
Aegina é uma ilha famosa por conter o templo de Atena Aphaia. Edificado em 490 a.C., o templo é uma obra de arte no estilo clássico com imensas colunas dóricas.
No átrio se encontra a figura da esfinge em mármore e com a face voltada para o mar. O altar de sacrifícios fica defronte ao templo.
O deus Posseidon tem seu templo no topo de uma colina à frente do golfo Sarônico. Foi destruído pelos Persas em 480 a.C. e reconstruído por Péricles. A ilha tem também um templo a Apolo. Está situado sobre uma colina entre o golfo Sarônico e as praias.
(Tarcilio de Souza Barros)

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