São Paulo, quinta-feira, 22 de setembro de 1994
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Buenos Aires não vive só de tango

ELAINE SKOWRONSKI; LÍGIA SKOWRONSKI
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Para quem aprecia passeios em praças, o aconchego dos cafés nos finais de tarde ou uma agitada vida noturna, Buenos Aires é o lugar ideal. Cada bairro revela sua própria história.
Comece desfrutando o lado mais tradicional da cidade. São os bairros onde o tango ainda sobrevive: San Telmo e La Boca. Famoso por sua boemia, San Telmo reserva todo domingo um atraente passeio.
Na praça Dorrego acontece a feira de antiguidades, além de inúmeras performances. Ali se encontram desde cantores e dançarinos de tango, saudosos de Carlos Gardel, até sapateadores e mímicos.
Outro ponto bastante visitado é o bairro La Boca, colonizado por italianos. Surpreende o contraste das cores opacas do bairro com o colorido intenso da rua Caminito.
Diariamente ali reúnem-se artistas para expor quadros e esculturas que retratam a história do bairro.
Não deixe de visitar o Museu de Belas Artes de La Boca, uma escola-museu construída pelo Conselho Nacional de Educação.
O acesso à sala de exposições é feito por uma escada de vários andares tendo as paredes e o corrimão pintados por diversas cores. No terraço do prédio há esculturas.
O bairro La Recoleta, ao norte, é um dos mais luxuosos. Os sofisticados cafés exibem um traçado de inspiração francesa.
Na praça que leva seu nome está o cemitério com o túmulo de Eva Perón. Aos domingos há na praça uma feira de artesanato.
Ali se localizam ainda o Centro Cultural e o antigo mercado, hoje um shopping.
(ES e LS)

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