São Paulo, domingo, 25 de setembro de 1994
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Uso brasileiro do termo é indevido

MARIA ESTER MARTINHO
DA REVISTA DA FOLHA

A expressão "TV interativa" foi trazida para o Brasil de contrabando. Deve ter vindo no bolso de algum executivo de comunicação, louco para batizar com ela qualquer coisa envolvendo TV e alguma forma de escolha –e abafar.
Assim se fez. No Brasil, qualquer punhado de enquetes feitas na TV, com resposta instantânea via telefone, virou TV interativa.
Fosse devido seu uso, e o Brasil teria feito um milagre: sintetizar, antes do mundo, a tecnologia que vai revolucionar a TV até o fim do século.
TV interativa é um projeto de veículo de comunicação que transforma o telespectador em programador: cada um assiste o que escolhe entre opções ilimitadas de informação e entretenimento.
Na TV interativa, as propriedades da TV tradicional (recepção de som e imagens) se unem às do computador (interatividade). E os mesmos cabos de fibra ótica que trazem as imagens levam os desejos individuais às centrais de programação.
Ou seja: é a TV do futuro. A não ser aqui.

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