São Paulo, terça-feira, 27 de setembro de 1994
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Dólar tem maior alta desde o dia 8 de julho

JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O dólar comercial (exportações e importações) registrou ontem a maior valorização em um só dia desde 8 de julho, com alta de 1,17%. A Bolsa de Valores de São Paulo fechou com baixa de 3,45%.
O dólar comercial fechou cotado a R$ 0,867 para compra e a R$ 0,868 para venda. Contra a cotação de venda do Banco Central (BC), fixada em US$ 1,00 por R$ 1,00, a diferença passou a ser de 13,2%.
As eleições presidenciais e o cenário do dia seguinte estão na base tanto da alta do dólar como da queda da Bolsa.
Foi um dia de boatos. O principal: o governo taxaria em 8% de IOF (imposto sobre Operações Financeiras) o ingresso de capital estrangeiro para o país.
O mercado trabalha com duas premissas: 1) provavelmente o candidato tucano Fernando Henrique Cardoso (PSDB) ganha as eleições já no primeiro turno (os preços das ações já embutem esta possibilidade); e 2) a vitória eleitoral será seguida de uma enxurrada de dólares no país.
As Bolsas, movidas a dólar, temem o controle sobre o ingresso futuro.
O maior impacto no mercado de dólar, porém, está sendo dado pelo movimento de investidores mais conservadores, especialmente estrangeiros, que preferem passar as eleições "zerados".
Quando um investidor entra no país, ele entrega dólares ao banco e recebe reais. No jargão do mercado, o investidor está "vendido" em dólar. Para "zerar" sua posição, o investidor compra dólares.
(JCO)

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sobre o mercado financeiro na pág. 2-6

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