São Paulo, terça-feira, 27 de setembro de 1994
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Empresas juniores substituem estágio

Faculdades oferecem vagas desde o 1º ano universitário

MARIANA SCALZO
DA REPORTAGEM LOCAL

A grande preocupação de todo mundo que vai prestar vestibular é o mercado de trabalho. Uma boa opção para esses jovens são as empresas juniores.
A maioria dos estudantes já ouviu falar nelas, mas poucos sabem o que são realmente e como funcionam.
O movimento de empresas juniores nasceu na França, em 1967, pela necessidade dos estudantes em aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos nas salas de aula.
A idéia chegou ao Brasil através da Câmara de Comércio e Indústria Franco Brasileira, em 1988. O movimento também está presente em outros países do mundo como Alemanha, Suíça Itália, Japão, Portugal, Inglaterra, Eslovênia.
O principal objetivo desse trabalho é colocar o estudante em contato direto com o mercado, desde muito cedo.
A partir do primeiro ano de faculdade é possível trabalhar nas empresas, fazer parte dos projetos e conversar com diretores diretamente, num estágio numa grande empresa isso demoraria muito para acontecer.
"Trabalhando em uma empresa júnior, você pode montar o seu projeto. Você batalha e chega em algum lugar. É uma felicidade enorme ver a realização de tudo", afirma Gilberto Duarte Abreu Filho, 21, presidente da Poli Júnior e estudante do quarto ano de engenharia de produção da Escola Politécnica da USP.
Para Gilberto, o grande mérito das empresas juniores está em potencializar capacidades. "Você tem a oportunidade de mexer com problemas de várias áreas", diz.
"Fazer um estágio comum e trabalhar numa júnior são coisas muito distintas. Quem quer fazer algo diferente, inovador, encontra espaço nas empresas juniores", conta Marcos Alexandre Pina Cavagnoli, 21, presidente da Fejesp (Federação das Empresas Juniores do Estado de São Paulo) e aluno do quinto ano de engenharia metalúrgica da Escola Politécnica da USP.
Prática
Entre os eventos mais importantes promovidos pelas empresas juniores está a simulação do mercado financeiro feita no ano passado pela Júnior FGV e Júnior FEA, o Encontro de Empresas Juniores promovido pelo núcleo da Unicamp com uma semana de palestras para treinamento, o Forum sobre extensão universitária promovido pelas juniores da Unesp, os workshops intergrativos escola/empresas promovidos pela Poli Júnior, entre outros.
No Brasil existem empresas juniores na área de engenharia, química, arquitetura, comunicação, administração, agronomia, geologia, ciências sociais, educação física, turismo e hotelaria.

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