São Paulo, quarta-feira, 28 de setembro de 1994
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Comerciante é baleado em carro nos Jardins

Dono de antiquário foi atingido ao tentar fugir de assalto

DA REPORTAGEM LOCAL E DO NP

O comerciante de antiguidades Paulo de Tarso Santana Bueno, 29, foi baleado na cabeça na madrugada de ontem no Jardim Paulista (zona sul de São Paulo) ao reagir a tentativa de assalto.
Até a tarde de ontem, ele estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Albert Einstein em estado grave.
Bueno estava com a namorada, a fonoaudióloga Andréa Haddad Pécora, 28, no Santana Quantum 1993, placas BMG-6463. O carro estava parado próximo à casa da fonoaudióloga, na Alameda Casa Branca, Jardim Paulista (zona sul).
Com os vidros do carro fechados, o casal conversava por volta de 1h quando foi surpreendido por três homens com revólveres.
Um dos ladrões, negro de estatura média, aproximou-se da porta do motorista e bateu na janela.
O comerciante tentou fugir. Ligou o carro rapidamente e acelerou, mas foi atingido à queima-roupa na cabeça por um disparo. Os assaltantes fugiram.
Bueno caiu no colo da namorada com o carro ainda em movimento. O Santana rodou cerca de 50 metros até que Andréa conseguisse empurrar o corpo do namorado e puxar o freio de mão.
A fonoaudióloga saiu do carro para pedir ajuda. Um homem não-identificado ajudou Andréa a colocar Bueno no banco de trás do Santana Quantum.
Ela levou o namorado até o pronto-socorro do Hospital das Clínicas, onde Bueno foi operado e internado com suspeita de morte cerebral na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Na manhã de ontem, o comerciante foi transferido para o Hospital Albert Einstein, no Morumbi (zona sul).
Segundo boletim médico do Albert Einstein, o estado do paciente era estável na tarde de ontem –não foi confirmada a suspeita de morte cerebral.
Bueno é dono da loja de antiguidades "Passado Composto", na rua da Consolação, nos Jardins (zona sul de São Paulo).
Índices
O índice de assassinatos no Jardim Paulista é um dos mais baixos da cidade.
Em 1993, a média mensal deste tipo de crime no bairro ficou entre zero e três casos.
Entre janeiro e maio, não aconteceu nenhum assassinato, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
No mesmo período, o número de carros roubados foi de 496. Neste tipo de crime, o bairro é um dos mais visados.
Em agosto deste ano, foram roubados aproximadamente cem carros no bairro.

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