São Paulo, domingo, 1 de janeiro de 1995
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Brasília recebe onze chefes de Estado

FERNANDO RODRIGUES
ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

Foi oficializada e divulgada sexta-feira a presença de Fidel Castro, de Cuba. Com isso, subiu para 11 o número de chefes de Estado presentes.
FMI
A última autoridade estrangeira que cumprimentará Fernando Henrique Cardoso hoje pela posse será José Fajgenbaun, representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) na cerimônia.
Em julho de 91, Fajgenbaun foi criticado pelo ex-presidente Fernando Collor. Teve de deixar suas funções de representante da missão do FMI que estava no Brasil.
Fajgenbaun havia dito que reformas estruturais no Brasil exigiam "mudanças na Constituição". Collor respondeu: "Ele devia é reformar a casa dele".
A colocação de Fajgenbaun no final da lista de cumprimentos –há representantes de 114 países e de 11 organizações internacionais– não representa uma represália.
A lista dos cumprimentos obedece à ordem de confirmação das autoridades convidadas. Quem confirmou o nome de seu representante primeiro, cumprimentará FHC primeiro.
Em 3 de outubro, quando foi eleito, FHC recebeu o primeiro cumprimento pela vitória do FMI. Atendeu em sua casa em São Paulo um telefonema de Michel Camdessus, diretor-gerente do fundo.
Amanhã, antes dos organismos internacionais, todos os representates de países estrangeiros apertarão a mão do presidente brasileiro. Há duas exceções. A União Européia e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) foram colocadas na lista de países.
Juntos, os países dos 11 chefes de Estado presentes têm um Produto Interno Bruto (PIB, soma de tudo o que produzem em um ano) de US$ 294,9 bilhões. O valor é de 92, os últimos disponíveis. Isso equivale a 71,77% do PIB brasileiro.
Um representante real estará na cerimônia. O príncipe Abdul Aziz Althenaian Al-Saud representará a Arábia Saudita.
O Grupo dos Sete (G-7), que reúne os países mais ricos do planeta, enviou os seguintes representantes: Janet Reno (EUA, ministra da Justiça); Sheila Copps (Canadá, ministra do Meio Ambiente); Burkhard Hirsch (Alemanha, vice-presidente do Parlamento Federal); Vincenso Trantino (Itália, vice-ministro das Relações Exteriores); Michael Portillo (Grã-Bretanha, ministro do Trabalho); Simone Weil (França, ministra dos Assuntos Sociais, da Saúde e Urbanos) e Keizo Obuchi (Japão, deputado do Partido Liberal Democrático).

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