São Paulo, segunda-feira, 2 de janeiro de 1995
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Festa popular tem pouca gente

DO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA E DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A festa de posse de Fernando Henrique Cardoso no Palácio do Planalto reuniu menos gente do que esperava o novo governo e foi atrapalhada por problemas de organização.
Segundo o coronel Jair Tedeschi, comandante do policiamento que deu segurança na posse, menos de dez mil pessoas estavam na praça dos Três Poderes quando FHC recebeu a faixa presidencial.
Os organizadores esperavam reunir entre 50 e 80 mil pessoas. Para isto, pagaram até anúncios nas emissoras de TV de Brasília.
A principal atração da "festa popular" da posse era um show da cantora Daniela Mercury, previsto para 20h.
Um grupo de militantes do PT agitou cinco bandeiras do partido na praça dos Três Poderes, quando FHC e Itamar apareceram no parlatório do Palácio do Planalto.
Os militantes foram vaiados pelos manifestantes que assistiam a posse de FHC.
Outro problema foi com a apresentação da Orquestra Sinfônica de Brasília, que abriu o show popular da festa. O palco do show foi montado a cerca de 200 metros do Parlatório, onde estava FHC.
A amplificação de som não funcionou e os convidados que estavam no Planalto mal conseguiram ouvir a execução de O Guarani, pela Orquestra.
A presença de FHC no parlatório foi "coreografada" pelos fotógrafos que registravam a cerimônia. Aos gritos, eles pediam que FHC levantasse a mão de Itamar Franco ou que a mulher do presidente, Ruth Cardoso, chegasse mais perto do marido.
Houve um pequeno tumulto quando Itamar deixou o Planalto. Ele demorou para entrar no carro, cumprimentando amigos e ex-assessores. O carro foi cercado por jornalistas, que foram barrados pela segurança.

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